sábado, março 31, 2007

Envelheça na cidade

Já passou da meia-noite e não consegui desejar meus parabéns ao Guiga. Malditos controladores de vôo, por assim dizer. Desejo-os por aqui, portanto.

Caro Guiga, muitas felicidades à você nessa queridíssima data. Você é demais. Mais muitos outros aniversários para você. Que sua esposa seja fértil e seu primeiro filho um varão. Que seus campos sejam abençoados por fartas colheitas.

quinta-feira, março 29, 2007

No use for a title

Porque os estímulos contraditórios deixam os cães, os homens e os virtuosos loucos. Como cão, homem ou virtuoso, segue que eles também me enlouquecem. What goes on in your mind, my dear? Basta uma palavra para descrever o conjunto de suas crenças, escritas e ações: inconsistência. Mas qualquer conclusão é válida a partir de um cunjunto inconsistente de premissas.

Então eu espero. No longo-prazo ("t -->+00"), as coisas se acertam. Questão metodológica. E de fé.

sábado, março 24, 2007

Diagolando

- E a, Luiz? Vai no show do Roger Waters?
- Não vou não.
- Mas por que?
- Tenho mais de quinze e menos de quarenta anos.

domingo, março 18, 2007

Pois bem

"Eu queria, mas a gentileza faz mal à literatura. De gentileza em gentileza estamos destruindo tudo. Se ficarmos protegendo todas as senhoras que escrevem livros a literatura brasileira será, em cinquenta anos, uma biblioteca inteira de senhorinhas que escrevem sobre suas experiências sexuais.

Não peço mais nada dos críticos além da hombridade de dizer: “tia, por favor, não escreve “pau” que eu fico constrangido”". (Alexandre Soares Silva)

Eu tenho uma relação de amor e ódio com esses autores que escrevem o que eu gostaria de ter escrito, mas enfim. O único erro, contudo, é acreditar que em cinquenta anos ainda haverá literatura brasileira.

E se você levar a parte do "tia, por favor, não escreve "pau" que eu fico constrangido" muito (muito!) literalmente, é melhor fechar seu blog, ok?

"Você é goy mas é meu amigo"

Muitas coisas na cabeça, inclusive o judaísmo como cultura. Mas danem-se.

Todas as festas são mesquinhas e falsas, exceto os casamentos. Nos casamentos, até o austero pai da noiva perde a noção em algum momento e dança YMCA. Afinal, não precisa provar nada pra ninguém. E se você acha que no casamento se celebra os noivos, você é burrro. No casamento se celebra a civilização.

Aliás, falando em civilização, minha querida Julia, como eu, também a define, mesmo sem saber.

sexta-feira, março 16, 2007

Modernidade

Daí eu ouço uma música e penso em você e me vem uma preguiça. E fisofia moral também. E o Mito de Sísifo. Daí eu eu aperto ">>" e rezo para o shuffle me ajudar.

Queria que você também tivesse um botão ">>". E todas as outras coisas do mundo.

Continuando

Porque o aquecimento global é a nova estação do ano. Fica entre o verão e o outono. Sério. As pessoas ainda não perceberam, mas assim que o fizerem veremos todos uma nova configuração da vida humana quanto aos hábitos anuais dos homens (e mulheres!) humanos. Dos ursos também, com o agravante de terem eles que resolver o problema da duração do período em que hibernam.

Mas será outro mundo, isso sim. Pouco diferente desse em que vivemos, mas outro. Haverão comerciais de TV com a Gisele Bündchen, Daniela Sarahyba ou a Carla Perez mostrando a coleção verão-aquecimento global da C&A (não sei se vão ter o negão). Surgirão ditados bacanas do tipo "Amor de aquecimento global não sobe a serra". E se os astrônomos foram capazes de destituir Platão da sua condição de planeta por que não poderiam inventar o solstício de aquecimento global? E os trailers de filmes terminarão com uma tela escura e a frase "Global warming, 2008".

Meninas, preparem-se. Vocês terão que comprar todo um novo guarda-roupa.

quinta-feira, março 15, 2007

Mais uma

Porque a nova brincadeira do verão (e do outono e do aquecimento global, que virou uma das estações do ano, a estação surpresa) é pegar o cara de uma profissão e colocar em outra. E depois ver aonde esse exercício de imaginação te leva. Eu começo, vocês continuam.

Marcelo D2, literato:
- Primeiro livro: "À procura do parágrafo perfeito."

sexta-feira, março 09, 2007

Now I see

Isso aqui tá que nem os arquivos de Moscou, só que pior.

Providência, previdência, acaso, o caso

(Dos rascunhos do blog, há um mês)

Providência/acaso. Não escreveria se não o radio não tivesse, no caminho de volta, insistido em Ticket to Ride.

Previdência. O bom senso manda não escrever o me sai da cabeça.

O caso. O caso se resume em uma escolha léxica: godspeed, goodbye ou farewell? Lembrando, é claro, dos versos em Don't Think Twice It's Allright. Meus desejos mais sinceros ficam com godspeed.

quarta-feira, março 07, 2007

Lição de casa

Imaginem vocês aí o que o pessoal do Sex and the City faria com:

- Tristão e Isolda
- Dom Casmurro
- A Sociedade do Anel
- Harry Potter e a Pedra Filosofal
- O Poderoso Chefão
- Xuxa e os Doendes

Imagination

Se você estiver a fim de sacanagem, leia o que o Milo Manara fez com As Viagens de Gulliver. Quer o link? Toma.

Se você realmente quiser sacanagem, faça como eu: imagine o que os roteiristas de Sex and the City fariam com As Viagens de Gulliver.

"Kate Gulliver é uma colunista de sexo que entra numa viagem muito louca e acaba se metendo em grandes confusões. Ela visita a ilha dos homens pequenos. E a dos homens grandes. E uma cidade no céu cheia de invenções que ajudam as pessoas, que proporcionam prazer. E no fim, ela acaba numa cidade dominada por cavalos."

A chamada seria assim. Na Sessão da Tarde, ou na HBO, ou no canal pornográfico

domingo, março 04, 2007

"Respeita minha arte, mano!"

Tinha um colega de escola que era artista. Não desse jeito que vocês estão pensando, artista mesmo: tirava umas fotos, fazia umas montagens fotográficas e usava umas roupas estranhas. Lembro que uma vez ele explicava a um professor qual era seu processo de criação.

- Então eu escolho um fundo assim pra imagem. Se eu acho que tenho que dar uma pintada nele, eu pinto e tal. Daí eu coloco um objeto desses assim, mas aquele lado fica meio vazio então eu coloco uma coisa lá e faço uns ajustes.

- Mas porque você faz esses ajustes e coloca esse objeto e não aquele.

- Porque assim é mais bonito.

- Como você sabe que fica mais bonito?

- É... Na verdade eu não sei.

- Mas porque você monta o negócio assim, então?

- Porque eu quero.

Se você fosse muito inteligente, você não entendia a arte dele.

sábado, março 03, 2007

Salvarei o mundo com estas palavras

Ando pela realidade com um aborrecimento medonho. As coisas já aconteceram, já se repetiram como tragédia, já se repetiram como farsa e continuam a se repetir. Eu que já classifiquei a situação como uma cópia mal feita de um dos seriados do Aaron Spelling (nem ao menos dos bons, tipo Barrados no Baile; mas dos ruins, tipo Melrose Place), estou passando a acreditar que tendemos todos a algo ainda pior. A repetição tornar-nos-á um sketch (eufemismo) do Zorra Total. E o Wander Wildner nem tem música com alusões ao Zorra Total. Que isso sirva de aviso.