terça-feira, outubro 31, 2006

Vai ser gauche...

"Gutknecht, um parlamentar em sexto mandato, não está sozinho. Reublicanos que planejaram usar a baixa taxa de desemprego, os baixos preços da gasolia e um aquecimento do mercado de ações como uma arma contra o descontentamento com a guerra no Iraque e com os escândalos envolvendo congressistas estão desconbrindo que seus argumentos são pouco eficientes." ("Bush e seu partido perdem o apoio da classe média", Valor Econômico, 31/10/2006, A18)


PIB per capita do Brasil (2004): US$ 8.327,67 (em PPP).
PIB per capita dos EUA (2004): US$ 39.497,67 (em PPP).

The prosecution rests.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Visions of Johanna


But Mona Lisa musta had the highway blues

You can tell by the way she smiles

(Bob Dylan)

domingo, outubro 29, 2006

Não é ressaca

Porque esse laissez-faire é na verdade uma posição moral. Ele parte da premissa que cada um é responsável pelos seus próprios atos e livre para decidir e fazer (desde que não preudique diratamente um outro.... mas eu não preciso explicar isso pra vocês, correto?). O fato é que a parte do "Não dá pra viver tentando fazer os outros verem que tão errando" é uma questão periférica, o que nos concede muitas vezes uma quantidade desaconcelhável de problemas e inquietações.

Porque, ao contrário daquela menina bonitinha mas ordinária que seu amigo namorou por três anos (um de sexo e dois de tentativas de terminar a relação), essa posição não é nada fácil. Ela está bem longe da resignação. Se você é do tipo de pessoa que tem o cérebro e os colhões (ou os equivalentes metafórico-anatômicos femininos) para entender esse posicionamento e o levar adiante, você é do tipo de pessoa que percebe, na maioria das vezes, exatamente no que estão as pessoas errando. É ouvir uma frase, é olhar para um prato de comida ou um copo de bebida, é receber um convite para ir ao cinema em um daqueles horários as pessoas que acertam não vão ao cinema. Enfim, você percebe o erro e, moralmente, não se permite agir para o corrigir. No máximo tenta uma conversa que, de antemão, sabe que tem grandes chances de terminar não muito bem.

Se engana quem acha tal posicionamento confortável. Não há nada mais angustiante. E muita "esperança" (pra não usar aquela outra palavra que espanta a moçadinha nos dias de hoje) é necessária.

Agora, com licença, vou votar.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Só pra lembrar

Havia me esquecido daquela galerinha esperta do Olimpo que passa seu tempo livre tirando com a minha cara.

Justo hoje, quando me perguntaram: "Você acredita na providência?"

Providência, previdência, provisão, previsão. Podem continuar tirando com a minha cara. Whatever.

E sono, leitor(es), sono.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Os prazeres da literatura

"Abominava as pessoas que não refletem muito bem antes de falar, ou seja, abominava quase toda a humanidade."

(Thomas Bernhard, O Náufrago)

domingo, outubro 22, 2006

Nem sempre a imagem da besta

Acabei de assitir ao piloto de Studio 60 on the Sunset Strip e, confesso, ele deve um pouco aos episódios áureos de The West Wing. Explico: as duas séries são fruto da mesma pessoa, Aaron Sorkin. Continuando, ia dizendo que Studio 60 deve um pouco aos melhores episódios de The West Wing, como se Sorkin esteja ainda se aquecendo. Em outras palavras, o programa é só a melhor coisa na TV hoje em dia. O programa não emburrece o espectador, as atuações são competentes, as personagens bem construídas, os diálogos deliciosos. Bradley Whitford ainda tem um pouco de Josh Lyman, do mesmo jeito que Mathew Perry ainda tem um pouco de Chandler (e dele próprio), mas nada que chegue a impactar a qualidade do programa. E o texto, Deus salve o texto, é primoroso: inteligente, elegante, witty.

Obviamente, Studio 60 padece de todos os problemas e explora todas as vantagens dos programas de TV, mas o faz com uma classe inigualável. Não é aquele velho esquema "vamos-jogar-elementos-aleatórios-e-confusos-de-trama-para-prender-telespectadores" que ainda se percebe em vários programas por aí.

sábado, outubro 21, 2006

What goes on in your mind

What goes on in your mind?
I think that I am falling down.
What goes on in your mind?
I think that I am upside down.
Baby, be good, do what you should, you know it will work alright.
Baby, be good, do what you should, you know it will be alright.
I'm going up, and I'm going down.
I'm going from side to side.
See the bells, up in the sky,
Somebody's cut their string in two.
Baby, be good, do what you should, you know it will work alright.
Baby, be good, do what you should, you know it will be alright.
One minute born, one minute doomed,
One minute up, one minute down.
What goes on in your mind?I think that I am falling down.
Baby, be good, do what you should, you know it will work alright.
Baby, be good, do what you should, you know it will be alright.
(Lou Reed)


É interessante que nos quadrinhos (e nos meios dos super-heróis, em gral) os telepatas sigam, invariavelmente, dois tipos: os extremamente analíticos e os loucos ou soon to be loucos.

Ordenando as coisas, a idéia é que para ser telepata (ler/ver/presenciar o que se passa na mente dos outros) é necessária uma mente mais poderosa que todas as outras ou então a situação tende à loucura. Como se os telepatas incapazes de arbitrar entre o que é são e o que não, acabam por sucumbir à insanidade.

A questão relevante, contudo, é: mas essa relação ocorre apenas com os telepatas?

Se deu bem, Pol-Pot

No meu grupo de estudos favorito, o ano de 2007 começará com A República. Mas a república não sobrevive até lá.

No ground zero ainda encontram restos mortais do onze de setembro. Aliás, não entendo porque se chamam restos mortais. De mortais os restos não têm nada. Um dia tiveram, mas no presente momento nada mais têm. Enfim, cinco anos depois ainda encontram essas coisas por ali. Mas, como conclui (eu?) em uma discussão semana passada, "matança que não é feita pelos Estados Unidos não é matança." Quem é a medida de todas as coisas mesmo?

Na minha cabeça, eu procuro me controlar, me acalmar. Está funcionando, por hora. Não se preocupem, vocês serão os primeiros avisados se, porventura, o Código Jedi falhar comigo, ou, mais provável, eu com ele.

"Matança que não é feita pelos Estados Unidos não é matança." Os Estados unidos estão para a matança como a França está para o champagne.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Ódio incontrolável

"Ninguém dorme de sutiã - exceto, talvez, as francesas." (Scarlett Johanson)

Pessoas de bem! Homens honrados do planeta! Convoco uma cruzada para eliminar esse mal que é Michael Bay!

quinta-feira, outubro 19, 2006

Quem foi?

Ok, ok, muito engraçado! Gostei da brincadeira, foi divertido. Agora respondam. Quem foi o filho da puta que entrou no meu Orkut e, munido de um perfil falso, deixou um scrap dizendo que eu sou "bem gato"?

De resto tenho tido vontade de entrar em umas polêmicas por aí mas tenho me controlado. É o que manda o Código Jedi.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Primeiro encontro (revisited)

Saíram. Comeram e beberam. Riram e se divertiram. Ela até admitia que ele era um cara charmoso. Ele tinha certeza que ela era a mulher mais graciosa de todo aquele hemisfério.

Na volta, ele, cavalheiro que era, mas não apenas por isso, acompanhou-a até a porta de sua casa.

"Sabe? Eu gostei muito dessa noite," disse ela, olhar fixo nos olhos dele. "Eu também gostei muito," respondeu ele.

Ficaram se olhando em silêncio por alguns instantes, daqueles que parecem eternidades, sem saber muito bem o que fazer ou dizer. Ele, tentando contornar a timidez, começou "Se você fechasse os olhos e inclinasse o rosto um pouquinho pra esquerda, a noite pode terminar dum jeito perfeito."

Ela fechou os olhos e inclinou o rosto. O gracioso rosto.

"Esquerda, pô!" respondeu ele e saiu em direção ao carro. Afinal, como poderia se relacionar com alguém que não sabia o que era esquerda e direita. Só no meio do caminho que lembrou que a esquerda dela era a direita dele.

De volta

Estou de volta. Para falar a verdade, não queria tanto assim estar de volta. Faço-o mais por dever moral do que por alguma outra coisa. Como meu irmão Martim Vasques da Cunha sempre me recorda: "temos um país a por abaixo."

Um país a por abaixo. É fato que o Brasil sobreviveu à minha ausência. É fato também que o modo como escolhemos expressar as coisas pode passar impressões diferentes do que realmente aconteceu, mesmo que não enunciemos nada de falso. Também é fato que no Brasil piada precisa de tecla SAP. Enfim, dever moral e um país a por abaixo, muito bom. Não apenas um país, é verdade, mas isso é digressão.

In a related story, Paris, nossa estrela-guia, foi escolhida para integrar um clube diplomático contra as ações nucleares da Coréia do Norte. Sempre soube que a menina tinha futuro.

Por fim, sobre a estadia em Tatooine digo que não foi nada de especial. Uneventul, inclusive. Nada de novo também. Digamos apenas que Obi-Wan passou seu tempo estudando mais profundamente o Código Jedi. Volto melhor do que saí e, acredito, o blog recomeça melhor do que parou. Valem as velhas regras.


There is no emotion, there is peace.
There is no ignorance, there is knowledge.
There is no passion, there is serenity.
(There is no chaos, there is harmony.)
There is no death, there is the Force.