domingo, fevereiro 24, 2008

The siny guy always worries

Sabem quando as mulheres vêem bebezinhos e ficam cheias de vontade de ter filhos? Encontrei a versão nerd masculina do fenômeno.



E confesso: me deu uma vontadinha de ser pai.

sábado, fevereiro 23, 2008

E se Humpty Dumpty estivesse sentado no Muro de Berlim?

No mundo de hoje, a Guerra Fria seria terminada via scraps de Orkut. As coisas seriam mais fáceis, mas perderiamos frases bonitas:



Sempre que eu ouço esse velhinho falar a famosa frase meu coração da uma tremidinha. Conservatives have feelings too.

domingo, fevereiro 17, 2008

Whatever

Às vezes eu chego em casa depois de eventos sociais achando que o mundo é um lugar ruim. Até mesmo quando os eventos são agradaveis, e ele o foi hoje, creiam nisso. Mas então eu abri o Orkut e minha sorte é: "Aguarde para breve momentos emocionantes."

Ok, então.

domingo, fevereiro 10, 2008

Ladrem, cães, ladrem

"É um dos meus desportos favoritos: chegar ao Brasil e falar, em tom blasé, de Diogo Mainardi." (João Pereira Coutinho)



João Pereira Coutinho entrevista Diogo Mainardi e eu vou expalhar a notícia, a despeito do que possa ocorrer com minha caixa de comentários. Além de ser uma entrevista em que as perguntas são maiores que as respostas; e, vejam bem, não é o português um entrevistador daqueles prolixos, mas sim é o brasileiro a objetividade crua encarnada; ela contém muito mais de interessante. Os dois discutem o Brasil, o otimismo de Mainardi quando apostou na não-reeleição de Lula, as sátiras e o Pepe Legal. Imperdível.



"Você tem candidato favorito nas eleições americanas?
Meu preferido é John McCain. Os americanos têm o dever de ajeitar as coisas no Iraque, e o único que capaz de fazê-lo é o velhote.

Meu preferido é Obama, por causa do antiamericanismo mundial. Seria uma lição para o mundo eleger um negro.
Se eu fui demasiado otimista com o Brasil, você está sendo demasiado otimista com o mundo.

E o Brasil? Seria capaz de eleger um negro?
O Brasil seria capaz de eleger uma anta. "

sábado, fevereiro 09, 2008

De tudo um pouco

Porque é fato que Transformer é um dos maiores álbuns do rock'n'roll (rock'n'roll pois é de uma época em que o rock, esse negócio amorfo, ainda era rock'n'roll) e, não obstante esse fato, meu lado conservador (do ponto de vista estético, entendamos) acha meio estranha essa admiração por um disco tão gay.



Gay, homossexual, travesti e viado.



Ele começa, e muito bem, com "Vicious". Passa para "Andy's Chest", música que na minha opinião seria a perfeita declaração de amor pós-moderna se não fosse tão declaração-de-amor-do-Lou-Reed-para-o-Andy-Warhol, mas talvez justamente por isso seja pós-moderna. No meio do álbum temos a clássica "Walk On The Wild Side", uma canção sobre travestis ("And then he was a she / She says, hey babe, take a walk on the wild side"). Em seguida "Make Up" cujo refrão é "Now we're coming out / Out of our closets / Out on the streets / Yeah, we're coming out", QED. E depois de mais algumas canções que ofenderiam os republicanos (e alguns dos democratas, mas só alguns), o disco fecha com goodnight ladies. E, já ia me esquecendo, o nome do disco é Transformer. Transformer.



Em compensação o disco é certamente o melhor que Reed poderia fazer. Impressionantemente, ele faz algo ao mesmo tempo pessoal e reminiscente do Velvet Underground. E há David Bowie na cabine do estúdio, produzindo o álbum e na cabine de gravação, fazendo backing-vocals em "Satellite of Love" (Sate-uuuuuu of loooooooooooove!). E o rock é bom e com um nível de pureza verdadeiramente inigualável para 1972 em "Vicious", "Hangin' 'Round", "Wagon Wheel". E por mais gay que seja, a poesia em "Andy's Chest" é boa, o melhor que uma canção pop pode ser, e a sinceridade em "Satellite of Love" e em "Perfect Day" é tocante.



E muito mais. "Walk on the Wild Side" é um belo retrato de uma geração de estranhos tipos urbanos de Nova York dos 60-70, além de uma ótima canção para quando batem as quatro horas da manhã e você simplesmente está cool consigo mesmo, aproveitado o momento; tudo isso com, simultaneamente, dois baixos sendo tocados. Porque o disco leva dois baixos nessa música, um arranjo de piano e outro de violino lindos em "Perfect Day", mais piano em "New York Telephone Conversation" e uma tuba (?!) em "Goodnight Ladies".



E justamente porque "Goodnight Ladies" está provavelmente explicando uns 63% dos meus sentimentos agora deixo-os com um estranho vídeo dessa música, seguido da letra. Amanhã eu escrevo sobre como Rambo é a maior série do cinema, a fim de reafirmar o que resta da minha masculinidade.





Goodnight ladies, ladies goodnight
It's time to say goodbye
Let me tell you, now, goodnight ladies, ladies goodnight
It's time to say goodbye

Ah, all night long you've been drinking your tequilla rye
But now you've sucked your lemon peel dry
So why not get high, high, high and
Goodnight ladies, ladies goodnight

Goodnight ladies, ladies goodnight
It's time to say goodbye
Goodnight sweet ladies, all ladies goodnight
It's time to say goodbye, bye-bye

Ah, we've been together for the longest time
But now it's time to get high
Come on, let's get high, high, high
And goodnight ladies, ladies goodnight

Oh, I'm still missing my other half
Oh, it must be something I did in the past
Don't it just make you wanna laugh
It's a lonely Saturday night


Oh,nobody calls me on the telephone
I put another record on my stereo
But I'm still singing a song of you
It's a lonely Saturday night


Now, if I was an actor or a dancer that was glamorous
Then, you know, an amourus life would soon be mine
But now the tinsel light of star break
Is all that's left to applaud my heart break
And eleven o'clock I watch the network news

Oh, oh, oh, something tells me that you're really gone
You said we could be friends, but that's not what's not what I want
And, anyway, my TV-dinner's almost done
It's a lonely Saturday night
I mean to tell you, it's a lonely Saturday night
One more word, it's a lonely Saturday night

sábado, fevereiro 02, 2008