sexta-feira, junho 30, 2006

Disclaimer

Considere o que quiser do post abaixo. Leve a sério, não leve a sério. Você pode escolher.

Só não fique bravo, pois nesse caso estará se entregando.

Se achar que foi pessoal, recosidere. Garanto que não tinha vítimas em minha mente quando o escrevi, ou então que o número de vítimas era numeroso o suficicente para eliminar qualquer pessoalidade do texto.

Se ainda assim se sentir encomodado com o texto. Bem... Se servir de consolo (ops!) eu posso dizer que é a influência dos Chestertons que tenho lido ultimamente.

Meu coração amanheceu reacionário

Estou de saco cheio dessa beautiful people que acha engraçadinho, ou avant-garde, se preferirem, essa história de sex shops e ménages. Tenho algo para dizer a vocês: putaria existe há muito tempo e vocês não sobreviveriam nem cinco minutos num bacanal romano.

E mais: aquele Alfred Kinsey (sabe? do filme com o Qui-Gon Jinn) era um charlatão. Aparentemente, a amostra de norte-americanos comuns usada por ela consistia de com estupradores e molestadores de crianças, levando-nos a um argumento por casos. Ou ele era (1) um charlatão ou (2), algo pior, ele considerava estupradores e molestardores de crianças pessoas comuns, indicando muito a respeito de sua própria índole. Como sigo o princípio lógico pelo qual num argumento por casos deve-se ceder ao adversário o melhor, ou menos pior, dos casos, afirmo que Kinsey era um charlatão ou embusteiro.

Mesmo assim, adversativamente, o segundo caso não é um disparate tão grande. Numa sociedade em que se fantasiar com roupas de couro e brincar de perfurar partes corpóreas ou então buscar prazer pela dor é considerado, se não normal, aceitável, não é de se espantar que um "pesquisador" venha a considerar molestadores e estupradores pessoas comuns. Imagino o que vem a seguir: a glorificação da pedofilia, do sexo com animais?

Não que o sexo seja algo impuro ou errado. É uma forma muito interssante de prazer material e eu particularmente gostei muito das duas vezes e meia em que o pratiquei (vai bancar o blefe, caro leitor?). O mesmo se aplica, em certa medida, à masturbação. Mas quando não se percebe mais o nonsense em aparatos fálicos de silicone nas cores mais variadas possíveis (inclusive aquelas que brilham no escuro) ou em envolucros de borracha com sabores é porque o fundo do poço está próximo.

Diz-se que São Tomás de Aquino uma vez falou que o homem não vive sem prazer e que quando não o encontra no campo espiritual é necessário que para satisfazer essa demanda se vicie no prazer carnal. O ponto é esse: se você pensa demais em sexo é porque não pensa de forma alguma em outras coisas. E o caminho disso para a depressão é curto.

E os bacanais romanos? Nada de mais, eu digo, mas nessa sociedade diversão era ver umas pessoas serem comidas por leões e outras lutando até a morte.

Com licensa, agora vou acessar www.garotascolegiaistransandocomseponeis.com.

quinta-feira, junho 29, 2006

Faça comigo

Você é da esquerda? Então faça comigo:

1) Acesse o Google
2) Digite no campo de busca: quem é o maior mentiroso
3) Clique em Estou com Sorte (ou o análogo na língua em que usar do Google)
4) Aprenda com o resultado

Repita. Aprenda de novo (exercício de fixação).

Faça comigo.

Canção do exílio my ass

O Brasil já encheu o saco. A, como diria Bruno Tolentino, Golaçolândia nunca teve saída e só quem é brasileiro assumido ou tá longe daqui não percebe isso.

Aquele Fab Moretti dos Strokes termina o show deles aqui e fala com um sotaque novaiorquino do tamanho do Cristo Redentor: "Eu amou vocêss meous irrrmaoums brrasileirous!" Ama mesmo? Vem morar aqui pra receber em real e dar entrevista pras K-Sis (?!?!) no Disk MTV.

E uma colega minha passa seis meses em Londres, chega do intercâmbio com aquela mensagenzinha bem Jorge Amado: "Brasil, meu Brasil brasilero". Fica uma semana e sai pra morar uns três anos na Pensilvânia. Fica aqui pra ter que estudar com livro importado, então.

E uma amiga que passa meses na França (país que nem muito próximo da civilização está, mas é mais avançado do que isso aqui) fala que tava se sentindo mau, porque chegou aqui e começou a ver o pais com o desgosto de Luiz Felipe.

Dica: se você tiver qualquer pretensão na vida, saia do Brasil. Nossa melhor especialidade é o futebol e todos os jogadores sonham em jogar na Europa.

Termino com uma citação:

"Neguinho vem me falar bem do Brasil, fazer graça. Vem sambando então, filha da puta!" (Radamanto)

Brasil, não gosto mais de você. Fim de papo!

domingo, junho 25, 2006

Bate-papos

A semana promete. Um grande duelo de bate-papos. No chat do UOL:

"A semana começa com um papo com a funkeira "patricinha" MC Perlla na segunda-feira (26), às 13h. Depois de emplacar o hit "Tremendo Vacilão" (ouça aqui) na coletânea do DJ Marlboro, Perlla promete abalar com o CD de estréia "Eu Só Quero Ser Livre". O disco traz 14 faixas, entre elas "Totalmente Demais", tema de Helen, personagem de Taís Araújo na novela "Cobras e Lagartos", da TV Globo, e o cover de "Tudo Bem", de Lulu Santos. Perla da Silva Fernandes, a MC Perlla, tem 17 anos e começou a cantar aos 4 anos numa igreja evangélica. Aos 15, conheceu os produtores Mãozinha e Umberto num estúdio e a partir daí começou a trilhar sua carreira."


Terça-feira às 19:00h, na Fnac Pinheiros, temos Bruno Tolentino num bate-papo com Reinaldo Azevedo, marcando o lançamento do novo livro do poeta: A imitação do amanhecer.

Deixo os leitores (vocês dois) a especular qual desses eventos presenciarei. Mas deixo uma dica: amostras da obra de Tolentino e de MC Perlla.

Tremendo Vacilão

"Tirap tchuru, tirap tchuru ouá, ouá...
Tirap tchuru, tirap tchuru ouá...

Na madrugada
Abandonada
E não atende o celular
Tirando onda
Cheio de marra
Achando que eu vou perdoar

Pra mim já chega
Eu tô bolada
Agora quem não quer sou eu
Não te dou bola
Tu senta e chora
Porque você já me perdeu

(Refrão)

Deu mole pra caramba
Tremendo vacilão
Tá todo arrependido
Vai comer na minha mão

Pensou que era o cara
Mas não é bem assim
Agora baba bobo
Vai correr atrás de mim" (MC Perlla)


Um Prelúdio

"Amadureci aos poucos
cresci muito devagar
como os álamos e os loucos
e acabei indo morar

na Casa dos Homens Ocos,
um charco pardo ao luar
entre o tempo morto, os roucos
rugidos do vento e do mar.

Lá se vive sem querer
lá ouvi uma elegia;
dou-a aqui tal qual ouvia-a

ao cair do entardecer
sobre a charneca vazia,
os pântanos que há no ser." (Bruno Tolentino, n'A Balada do Cárcere)

terça-feira, junho 20, 2006

Mais uma coisinha

The Wanderer: há um ano em movimento!

Feliz aniversário (envelheço na internet)

Esse blog faz um ano hoje. Como não tenho nada pra escrever, pelo menos agora, farei um breve sumário estatístico desse reles diário virtual.

Os posts, esse incluso, são 223. Logo, há um número médio de 0,61 posts por dia, um pouco mais de um post a cada dois dias. A distribuição deles, contudo é um tanto quanto assimétrica, os primeiros meses tiveram mais posts que os últimos.

Ademais, pelas minhas estimativas, dos 222 posts anteriores a esse, 200 foram reclamações, 20 histórias e piadas sem graça e dois com citações do G. K. Chesterton.

Gostaria de adicionar que escrevo (esparçamente) também no blog Terra à Vista e que se um dia tiver criatividade suficiente farei um blog com histórias de espionagem num formeto "folhetim".

Fico com uma citação da orelha de O Mal de Montano:

"(...)[A] prática do diário íntimo, esse germe de auto-ficção, esse texto que criamos menos para conhecermos quem somos do que para acinpanharmos o desenho de nossa metamorfose contínua." (Carlito Azevedo)


P.S.: Sei lá quem é Carlito Azevedo.

domingo, junho 18, 2006

Retificando

Esse blog anda meio indecente: ménages, pornografia e peitinhos. Tentei rebater citando Chesterton, mas como ninguém reclamou que eu tava citando um cristão ortodoxo acho que não funcionou. Tento agora algo de impacto mais garantido. Pela decência e pelo pudor!









sábado, junho 17, 2006

Mais Chesterton

A respeito do nonsense, esbarrei nisso aqui:

"There are two ways of dealing with nonsense in this world. One way is to put nonsense in the right place; as when people put nonsense into nursery rhymes. The other is to put nonsense in the wrong place; as when they put it into educational addresses, psychological criticisms, and complaints against nursery rhymes or other normal amusements of mankind." (G. K. Chesteron, Child Psychology and Nonsense, 15 October 1921)


Obrigado, Gilbert!

O presente estado das coisas, e outras redundâncias...

As provas estão chegando, já chegaram na verdade. Por isso eu tento estudar às 0:10 da matrugada entre sexta e sábado. Não consigo, blablabla. Então toca o interfone: "O morador do 85A está reclamando que ele não consegue estacionar porque seu carro está no meio das duas vagas." Minha vaga está vazia...

Nevertheless, desço para verificar, afinal ultimamente algum filho da puta anda estacionando na minha vaga. A minha vaga está de fato vazia. Falo com o segurança a volto pra casa. De resto, marásmo e um sentimento de que está tudo meio nonsense nesses dias, David Lynch misturado com Harvey, o Advogado e Centro Acadêmico de Ciências Sociais. Enfim, fico com Chesterton:

"The Bible tells us to love our neighbors, and also to love our enemies; probably because they are generally the same people." (G. K. Chesterton,
Illustrated London News, 16 July 1910)



Mais de resto ainda, dia 20 esse blog faz um ano.

quarta-feira, junho 14, 2006

Responsabilidade Social

Encontrei um link que pode servir muito à melhora da saúde pública no Brasil.

Sutiã inadequado prejudica saúde da mama

Eu, ávido defensor da saúde da mama que sou, não poderia deixar esse link passar. Faço votos de que as lindas meninas desse meu Brasil leiam com cuidado a notícia. Pois, como o texto nos informa:

"A falta de cuidados específicos [usar o sutiã adequado] pode causar flacidez e até infecções nos seios." (grifos meus)

sexta-feira, junho 09, 2006

Pervert

Recebi um email dizendo que algumas pessoas andam invadindo perfis do outros no Orkut e, a partir deles, mandado scraps pornográficos.

Portanto, se você, porventura, receber um scrap pornográfico oriundo do meu perfil no Orkut, não se iluda. Fui eu mesmo.