sábado, junho 09, 2007

Aquela música do Lobão

Preocupa-me a situação da elegância nesses tempos modernos. A elegância, como bem sabemos, é o que separa o Partenon desses prédios com motivos clássicos nos arredores da Cidade Jardim, o progressivo do Pink Floyd do progressivo do Yes e a demonstração da security market line ( E(ri)=rf-beta(i)*[E(rm)-rf)] ) via CAPM da demonstração via teoria de precificação por arbitragem (alguem? não? Ok).

No entanto, a elegância não é a simetria obcessiva-compulsiva. Ela tem lugar em certos desarranjos e em detalhes assimétricos. Há mais arte na disposição de tranqueiras na jaqueta do punk que se pode imaginar. Pelo menos na do bom punk (o bom punk é o bom selvagem da modernidade, provavelmente não).

Porque, afinal de contas, a proporção áurea tem seu quê de estranho, mas ainda assim funciona. É um prato cheio para paranóicos. Assim como a modernidade.

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