Francisco Arounet entrava na biblioteca quando avistou debruçada sobre uma mesa sua colega Mariana, muito concentrada. Decidiu a saudar.
- Oi Mari, tudo bom?
- Oioi. O que você tá fazendo aqui, nas férias?
- Estou trabalhando como assessor de pesquisa para o professor Assis. E, por acaso o que você está fazendo aqui, que nem aluna da universidade é?
- Estava procurando uma frase de Shakespeare. Achei há pouco. Veja só: "Se tiver que ser agora, não está para vir; se não estiver para vir, será agora; e se não for agora, mesmo assim virá. O estar pronto é tudo: se ninguém conhece aquilo que aqui deixa, que importa deixá-lo um pouco antes?"
- Interassante - Francisco respondeu.
- Gosto dessa frase - disse Mariana. Pretendo usá-la em diversas situações. Sempre em tom irônico. Por isso vim pesquisar.
- Porque afinal, o estar pronto é tudo.
- Sim. Bem... Preciso ir, tchau-tchau.
Mariana devolveu os livros e saiu da biblioteca. Francisco, sorrindo levemente, foi fazer suas consultas.
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