quarta-feira, setembro 06, 2006

De como passei a defender os fotologs

Se você me perguntar a quantas anda a situação de previdência no Brasil eu te responderei que anda capenga, mas não poderei oferecer nenhum detalhe. Evito sistematicamente ler qualquer texto que trate da previdência no Brasil (exceto aqueles que as obrigações academicas demandam - poucos, por sorte). O propósito é evitar a fadiga. Aliás, menos a fadiga do que a depressão.

Outra coisa que me deprime é a educação nos dias de hoje. Tempos atrás aos dezoito anos aqueles bem educados já dominavam toda a matemática da época, todas as ciências naturais, as suas respectivas línguas e grande parte do corpo filosófico existente. Hoje, aos dezoito aquele que consiga escrever em português pode ser considerado "jenho".

"Ai, Rato, como você reclama dos blogs!" Não é isso, caro leitor. Não é apenas nos blogs e não é apenas com a última flor do lácio. Nesse mundo de pessoas "cuja profissão é ensinar aos outros aquilo que não sabem" (jornalistas) e pessoas cuja profissão consiste em delimitar cuidadosamente uma área do conhecimento para poder opinar sobre tudo aquilo que está em volta (acadêmicos) a coisificação do mundo é inescapável. Contudo, eu não acredito que seja esse o preço a se pagar pela divisão do trabalho intelectual.

But I digress. Ocorre que como metade dos blogs são ilegíveis e a outra simplesmente não presta (exceto este, o Terra à Vista e o do Reinaldo Azevedo), passei a defender os fotologs. E não apenas pela possilidade de ver meninas de biquini, mas pelo fato da escrita lá ser muito mais escassa.

P.S.: Seeu um dia vier a explicar para vocês o que são externalidades, eu compartilho minha teoria de que blogs são externalidades.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu sei o que são externalidades.
há!