quinta-feira, agosto 31, 2006
Macacos me mordam
Não direi mais nada. Deixarei os comentários para que possamos conjecturar sobre as causas da mordida e que façamos piadas piores que aquela do título (piadas melhores serão repreendidas sem misericórdia).
O post inteiro que podia ter sido e que não foi
Mas daí eu decidi não publicar. Salvei como rascunho. Quem sabe um dia desses eu compartilho com vocês.
Mas que as atenções, as percepções e as escritas estão em uma espiral de irrelevância elas estão. E o pior: a poucos links de distância.
quarta-feira, agosto 30, 2006
Disco novo do Dylan (um poema concreto)
Disco novo do Dylan
terça-feira, agosto 29, 2006
Eu não gosto de você, mas do seu pai eu gosto
Mas eu escrevo isso simplesmente porque o Reinaldo Azevedo está pautando meu blog (hehehehe), a Veja já fez isso uma vez. De qualquer forma, vou ver se mando um email pra ele propondo um web ring contra o Chico Buarque.
E os concretistas também. O Reinaldão algumas semanas depois disso descobriu que eles roubavam poesia de cartilha de beabá.
segunda-feira, agosto 28, 2006
We'll always have Paris
A primeira é sobre como escolher amigos. Paris, desconfiada, desenvolveu testes de bom gosto para seus amigos. Um deles consiste em Paris se vestir com duas roupas diferentes: uma horrível e outra maravilhosa (porque Paris não vestiria nada simplesmente feio ou simplesmente bonito) e em perguntar ao amigo em teste qual das duas é melhor. Se o "amigo" escolher a horrível: adeus amizade. Uma amiga minha retrucou que amigos são mais do que bom gosto, no que eu respondi que, no meu caso, amigos são bem menos do que bom gosto. De qualquer forma, se você está decidido a fazer besteira pouco importa o gosto do seus amigos. Se bem que no caso de bom gosto o estrago pode ser menor, mas ainda assim estrago. Enfim, pensei em usar a estratégia de Paris neste blog mas fiquei com medo de perder meu único leitor.
A segunda nos informa que Paris vai para o espaço em breve. É forçoso lembrar que, cedo ou tarde, todos iremos para o espaço; mas Paris pagou US$ 195 mil por um lugar na espaçonave que o bilionário inglês Richard Branson está construindo. Ao que tudo indica, Paris era fã de Guerra nas Estrelas e está muito empolgada com a viagem. The Wanderer também é fã de Guerra nas Estrelas, mas lhe faltam os dólares e lhe sobram os medos para entrar em uma espaçonave.
domingo, agosto 27, 2006
Meus problemas acabaram
"(...)
Time, that is intolerant
of the brave and innocent,
And indifferent in a week,
To a beautiful physique,
Worships language and forgives
Everyone by whom it lives;
Pardons cowardice, conceit,
Lays its honours at their feet.
(...)"
(W. H. Auden, In Memory of W. B. Yeats)
P.S.: Os versos são de 1939, ano da morte de Yeats, a íntegra pode ser vista aqui. Não preciso atentar para a elegância e concisão deles, e das palavras, e das rimas. Ademais, a expressão "macacos de calça jeans" não é originalmente minha. Foi retirada dessa bela resenha crítica acerca do mar, cuja leitura é fortemente recomendada.
sábado, agosto 26, 2006
Da política monetária e dos parênteses
Os parênteses não têm poder de aprimorar o texto. Eles podem, contudo, o estragar.
Hoje meu dia foi estragado por um parênteses. O leitor, estranhando, vai perguntar: "Mas como você, Luiz, se deixa ter o dia estragado por um parênteses?"
Respondo: caro leitor, era muito querido aquele quem preecheu os parênteses. O os preencheu com um conteúdo tão desprezível... É a vida, caro leitor.
terça-feira, agosto 22, 2006
Estética
O grande artista faz justamente isso, transmite as emoções subjetivas por meio de sua obra.
E se vocês acharem que eu estou sendo irônico digo que pagaria mais por um ingresso da Paris Hilton que do Chico Buarque.
domingo, agosto 20, 2006
Peço desculpas
"Falar a verdade só me trouxe problemas. Eu queria dizer aos cidadãos de bem que, no Brasil, não vale a pena contar a verdade." (Francenildo Costa, o
famigerado caseiro de Brasília, na Veja desta semana)
Diante deste fato, devo pedir desculpas a todos vocês. Eu que achava que a honestidade e a verdade valiam alguma coisa. Só tenho trazido problemas. Perdoem-me, por obséquio.
quarta-feira, agosto 16, 2006
Dica
"Ele me ama?"; Ela tá falando a verdade?"; "Isso que eu to fazendo é certo?".
No curto-prazo você fica um pouco menos angustiado. Já no longo-prazo... Bem, no longo-prazo estaremos todos mortos.
domingo, agosto 13, 2006
Desconcerto
É claro que não somos todos podres no nível individual. Não há apenas um agente representativo. E as últimas semanas me lembraram disso. Contudo, me lembraram também que estamos perdendo essa guerra.
Força, amigos. Força!
sexta-feira, agosto 11, 2006
Farewell
Os idiotas dizem que os gatos são mais inteligentes que os cães. Não é verdade. Os cães apenas parecem menos inteligentes que os gatos porque são honestos, fiéis. Cães não guardam segredos. São bons, ao contrário dos gatos, das serpentes e das pessoas humanas.
Peço-lhe desculpas, Astro. Daquelas que são estúpidas porque chegam tarde demais. Você não merecia o dono que teve. Certamente, era lhe cabido alguem melhor.
Ficam as saudades e o sentimento de que aqueles que importam estão todos dirigindo-se a algum lugar melhor.
quarta-feira, agosto 09, 2006
Conspiração
"O filme é acusado de humanizar Hitler. Afinal, mostra o führer cumprimentando a secretária e agradecendo a cozinheira. As pessoas são tão mal-educadas hoje em dia que o sujeito não pode nem mais dizer obrigado sem se tornar mais humano. Na verdade, Hitler é retratado como um louco. Vê traições em todo lugar, dá ordens a exércitos que não existem, condena Berlim à destruição e diz que o povo alemão merece a morte. Muito humano, indeed."
Ainda assim, mesmo que o filme humanizasse de fato Hitler, seria correto. Demonizar esses homens, mostrá-los como loucos só desviam do fato de que eles (Hitlers, Stalins, Mussolinis) são tão homens e tão falíveis como qualquer outro ser humano. Mas não é esse meu ponto.
E se as traições que Hitler percebia entre seus homens fossem de fato verdadeiras? Afinal, é bem provável que dentre aquela cúpula do exército alemão realmente o tivesse traindo. Já havia ocorrido antes.
Chesterton dizia que o louco é aquele que perdeu toda sua humanidade, exceto a razão, e nela se apoia firmemente. Se for dito ao louco "Você não é Napoleão," uma resposta perfeitamente racional é "É claro que você não vai admitir que eu sou Napoleão. Vocês estão todos conspirando contra mim!"
O triste é que, porventura, o louco seja mesmo Napoleão.
terça-feira, agosto 08, 2006
(Not so) Instant karma
Como não poderia deixar de ocorrer, Don Maurinho morre. A causa mortis é irrelevante. Outrossim, é relevante o fato de que Maurinho reincarna como um parasita pubiano em lutador de sumô. O carrapato Maurinho não se lembra de seus crimes da vida pregressa, mas ainda é perseverante. Esse fato aliado à incapacidade de lutadores de sumô observarem com cuidado seuas "vergonhas" leva Maurinho a matar aquele que muito bem poderia vir a ser um grande lutador de sumô.
A questão que coloco é esta: Maurinho por apenas ser um carrapato perseverante reincarnaria em um animal de status karma-superior?
segunda-feira, agosto 07, 2006
A condição humana, ainda
Segundo sobre a lucidez, que contraintuitivamente não aparece de súbito, mas goteja como a paz em Innisfree. Para os lúcidos isso é muito desconfortante. Não se sabe se a lucidez continuará gotejando nem se pode tentar doa-la para aqueles que a precisam.
I'll keep wandering.
quinta-feira, agosto 03, 2006
Wondering wanderer
Ah é, condição humana. É difícil pensar nisso sendo filho de um século de totalitarismo, de campos de concentração; mas o bem existe no homem (e nas mulheres também!). E eu acredito que existem alguns lugares bons para o procurar, e provavelmente, o encontrar. Não vou entregar o ouro assim de graça para vocês. Pensem aí.
P.S.: Esse blog não foi clonado. Provo esse fato com a seguinte afirmação: só brasileiro pra pegar mais de 30 reais pra ir em show do Chico Buarque.