quarta-feira, dezembro 28, 2005
Fato relevante
Eu não tomo lados em disputas pessoais. A não ser naquelas das quais eu participo, obviamente. Mas já me foi dada a oportunidade de tomar lados e eu não o fiz. Em duas ou três vezes. Continuarei agindo dessa forma. Saibam disso.
O silêncio
Há o silêncio. Você está lá, nada de especial. Mas há o silêncio. Eu acho que é medo, ou covardia, ou os dois. De qualquer forma, há o silêncio. Há porque, aparentemente, considero a angústia desse status quo mais confortável do que os possíveis resultados esperados de um eventual contato que eu tente.
Assim:
U(silêncio)>E[U(contato)]; onde
E[U(contato)]=p.U(contato: sucesso)+(1-p).U(contato: fracasso)
Nervertheless, é tudo muito triste. Eu me sinto mal.
Assim:
U(silêncio)>E[U(contato)]; onde
E[U(contato)]=p.U(contato: sucesso)+(1-p).U(contato: fracasso)
Nervertheless, é tudo muito triste. Eu me sinto mal.
quarta-feira, dezembro 21, 2005
Pensamento esparso
Deve ser mais impressão minha do que a verdade, mas a literatura brasileira (depois do romantismo) é algo como um grande concurso de beleza pra ver quem está mais próximo do "verdadeiro" Machado de Assis.
Todo autor tem dentro de sua cabeça seu próprio "Machado". E escreve para satisfazer esse "Machado".
Todo autor tem dentro de sua cabeça seu próprio "Machado". E escreve para satisfazer esse "Machado".
domingo, dezembro 18, 2005
Salve o tricolor paulista
Veja só, não costumo escrever sobre religião, política ou futebol - são assuntos polêmicos e pouco objetivos - mas o bom Senhor fez muito bem em conceder ao São Paulo Futebol Clube o tricampeonato mundial de clubes em cima daqueles ingleses esnobes e imperialistas do Liverpool.
Piada fraca: Galvão mencionou durante o jogo que a torcida do Liverpool cantava. O que cantavam? I wanna hold your hand? Help?!
Piada fraca: Galvão mencionou durante o jogo que a torcida do Liverpool cantava. O que cantavam? I wanna hold your hand? Help?!
sexta-feira, dezembro 16, 2005
Confissão
Nos últimos dias, tenho passado muito do meu tempo jogando um jogo de video game. Sempre que isso acontece, tenho a impressão (provavelmente verdadeira) de que me imbecilizo, meu cérebro para de funcionar e eu me torno algo menor que um ser humano, algo primitivo, animalesco. Ainda bem que o jogo acaba. Seria um grande problema se não acabasse.
Ainda assim, vou continuar jogando. Quem sabe não mudo meu nome para LuIZ FeLipE GamE MasTeR?
Ainda assim, vou continuar jogando. Quem sabe não mudo meu nome para LuIZ FeLipE GamE MasTeR?
quinta-feira, dezembro 15, 2005
A doce linguagem da internet
Há quem diga que o modo como as pessoas se expressam na internet é algo novo e revolucionário. Não é nada demais. Aliás, muitas vezes é estúpido. De qualquer forma, a linguagem escrita na internet tem duas tendências, respondendo exatamente a duas necessidades.
A primeira é primeira é a aproximação com a oralidade. Não é nada de novo, diversos autores, principalmente no modernismo, já fizeram isso. Essa aproximação surge com a necessidade das pessoas, cada vez mais habituadas à comunicação online, de se expressar melhor.
A segunda, mais importante, decorre da necessidade de se expressar mais rápido. Essa necessidade gera fenômenos como o -aum substituindo o -ão e a supressão das vogais de muitas palavras. Sobre esse segundo aspecto Olavo de Carvalho já observou, se bem me recordo, que em línguas islâmicas acontece algo semelhante, mas creio que seja por motivos diferentes. O importante, after all, é entender que essas segundas mudanças acontecem porque é mais fácil digitar "naum" ao invés de "não" e "eh" ao invés de "é".
Outro aspecto interessante é que como a línguagem é visual nomes e apelidos têm um "ganho" estético com algumas simples alterações ao se misturar letras minúsculas e maiúsculas ou letras de fontes diferentes.
Ainda assim existe um problema. As necessidades e desejos estéticos citados atrapalham e muito. Junto com a supressão das vogais, acontece a supressão da pontuação, o que torna diversos textos indecifráveis. Além disso, na tentativa de oralizar a escrita online muitas vezes se dá ênfase em sílabas erradas. Por exemplo, quando se quer dizer que algo é extremamente simples tonifica-se, oralmente, a primeira sílaba ("é muuuuiiiito simples"). Contudo, não é raro ler na internet algo como "gnt, issu eh muitooooooooooo facil".
Enfim, se você escreve "Kra, to na pressa, eh p/ chegar as 2 na facu", não existe grande problema, a não ser o uso de "facu" que, independente da ocasião e do meio, denota bobeira. Mas se você escreve "ae aki eh o BeAsT MoNGer mtoooo gataum pra kta as mina kralho", você é um idiota. Aliás, sem preconceitos, só por ter um apelido do tipo BeAsT MoNGer você é idiota. E, convenhamos, misturar minúsculas a maiúsculas além de ser feio é bem estúpido.
Claro, essa é apenas minha opinão, eu posso estar errado.
A primeira é primeira é a aproximação com a oralidade. Não é nada de novo, diversos autores, principalmente no modernismo, já fizeram isso. Essa aproximação surge com a necessidade das pessoas, cada vez mais habituadas à comunicação online, de se expressar melhor.
A segunda, mais importante, decorre da necessidade de se expressar mais rápido. Essa necessidade gera fenômenos como o -aum substituindo o -ão e a supressão das vogais de muitas palavras. Sobre esse segundo aspecto Olavo de Carvalho já observou, se bem me recordo, que em línguas islâmicas acontece algo semelhante, mas creio que seja por motivos diferentes. O importante, after all, é entender que essas segundas mudanças acontecem porque é mais fácil digitar "naum" ao invés de "não" e "eh" ao invés de "é".
Outro aspecto interessante é que como a línguagem é visual nomes e apelidos têm um "ganho" estético com algumas simples alterações ao se misturar letras minúsculas e maiúsculas ou letras de fontes diferentes.
Ainda assim existe um problema. As necessidades e desejos estéticos citados atrapalham e muito. Junto com a supressão das vogais, acontece a supressão da pontuação, o que torna diversos textos indecifráveis. Além disso, na tentativa de oralizar a escrita online muitas vezes se dá ênfase em sílabas erradas. Por exemplo, quando se quer dizer que algo é extremamente simples tonifica-se, oralmente, a primeira sílaba ("é muuuuiiiito simples"). Contudo, não é raro ler na internet algo como "gnt, issu eh muitooooooooooo facil".
Enfim, se você escreve "Kra, to na pressa, eh p/ chegar as 2 na facu", não existe grande problema, a não ser o uso de "facu" que, independente da ocasião e do meio, denota bobeira. Mas se você escreve "ae aki eh o BeAsT MoNGer mtoooo gataum pra kta as mina kralho", você é um idiota. Aliás, sem preconceitos, só por ter um apelido do tipo BeAsT MoNGer você é idiota. E, convenhamos, misturar minúsculas a maiúsculas além de ser feio é bem estúpido.
Claro, essa é apenas minha opinão, eu posso estar errado.
terça-feira, dezembro 13, 2005
Freako-book market
O pessoal do Freakonomics está preocupado com a concorrência que estão tendo no Brasil. Concorrência da Bruna Surfistinha.
segunda-feira, dezembro 12, 2005
Crazy world
Enquete na primeira página do Terra: "Você acha que torcedores como os hooligans devem ser proibidos de assistir jogos?"
Pode parecer estúpido, mas não é. Essa pergunta é similar àquela subjacente ao debate da proibição da venda de armas, a saber: "Você acha que os cidadãos devem ser proibidos de portar armas?"
As questões relevantes, não perguntadas, são, na verdade, simples: "Você acha que torcedores como hooligans devem ser proibidos de vandalizar propriedade pública?"; "Você acha que os cidadãos devem ser proibidos de utilizar quaisquer que sejam os meios para ferir, atentar contra vidas, ou coercer outros cidadãos?"
É óbvio, nos dois casos, que não. Mas esses tipos de perguntas só divergem dos reais problemas, e, por conseguinte, das suas soluções. No limite perguntar-se-á se a chuva deve ser probibida da cair só porque o governo é incapaz de construir ruas que sejam resistentes à água. Da mesma maneira que não consegue combater a violência e conter os hooligans.
Pode parecer estúpido, mas não é. Essa pergunta é similar àquela subjacente ao debate da proibição da venda de armas, a saber: "Você acha que os cidadãos devem ser proibidos de portar armas?"
As questões relevantes, não perguntadas, são, na verdade, simples: "Você acha que torcedores como hooligans devem ser proibidos de vandalizar propriedade pública?"; "Você acha que os cidadãos devem ser proibidos de utilizar quaisquer que sejam os meios para ferir, atentar contra vidas, ou coercer outros cidadãos?"
É óbvio, nos dois casos, que não. Mas esses tipos de perguntas só divergem dos reais problemas, e, por conseguinte, das suas soluções. No limite perguntar-se-á se a chuva deve ser probibida da cair só porque o governo é incapaz de construir ruas que sejam resistentes à água. Da mesma maneira que não consegue combater a violência e conter os hooligans.
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Desista da vida quando (um guia prático):
1) Cometeu spam
2) Acampou na reitoria
3) Apelou para a maioria como argumento
4) Levou a sério este blog
5) Viu/leu/ouviu só para poder criticar
6) Preferiu Coca-Cola light
Obs: é uma lista incremental, mais por vir.
Obs2: As condições acima são todas suficientes; contudo, não necessárias.
2) Acampou na reitoria
3) Apelou para a maioria como argumento
4) Levou a sério este blog
5) Viu/leu/ouviu só para poder criticar
6) Preferiu Coca-Cola light
Obs: é uma lista incremental, mais por vir.
Obs2: As condições acima são todas suficientes; contudo, não necessárias.
Me desculpe, mas...
Essa história de criticar Decartes pela sua "linearidade" é desculpa de quem não tem saco pra estudar lógica formal. Sabe como é, esse negócio de não contradição, princípio do terceiro excluído é tudo tecnicidade, burocracia.
O que me impressiona é que esses críticos deixam maldita dúvida metódica impune. Duvido metodicamente da honestidade dessas pessoas.
O que me impressiona é que esses críticos deixam maldita dúvida metódica impune. Duvido metodicamente da honestidade dessas pessoas.
sábado, dezembro 03, 2005
O longo prazo, ou, falhas do keynesianismo
Mortos, dois amigos se encontram no inferno. Cumprimentam-se e começam a conversar. Horas e horas se passam.
- Agora pra reunir a turma só falta chegar o Zé Luís. Será que ele morre logo?
- Ué, ele já morreu. Eu fui no enterro dele quando eu tava vivo.
- Sério? Mas então onde será que...
- Aquele traidor FILHO DA PUTA!
- Agora pra reunir a turma só falta chegar o Zé Luís. Será que ele morre logo?
- Ué, ele já morreu. Eu fui no enterro dele quando eu tava vivo.
- Sério? Mas então onde será que...
- Aquele traidor FILHO DA PUTA!